Salvador da Rima já chegou na delegacia. O jovem está com algumas escoriações e nos próximos minutos a GR6, gravadora onde Salvador é assinado, deve emitir um comunicado oficial sobre o acontecimento.
Em vídeo publicado por seu amigo Mc Cebezinho, o funkeiro aparece com a camisa rasgada e sendo empurrado por diversos policiais que o jogam em cima da viatura e acertam vários golpes em Salvador. Em outro vídeo podemos ver Salvador já dentro da viatura onde ele estaria sendo levado para o 67° DP de Itaquera, mas que segundo informações de amigos, eles ainda não chegaram com Salvador na delegacia.
No começo do mês, Salvador da Rima surpreendeu seus fãs ao revelar que estava sem dinheiro e que está sendo sustentado pela sua mulher. “Meu sonho era voltar a ser artista independente, não trabalhar no trem, mas meu sonho era voltar a ser independente, abrir minha própria produtora… a pessoa fica olhando e não sabe nada, acha que a gente ta rico… se for ver mesmo aqui em casa, tem duas semanas que eu não tenho um real, se não fosse minha mulher trabalhando, sustentando, o negócio estava difícil…”
Salvador da Rima se destaca em parcerias, de batalhas de rap na rua a hit de funk com Alok
Gabriel Salvador pensou em virar MC aos 15 anos, quando descobriu as batalhas de rimas de rappers na Zona Leste de São Paulo. Ele virou o Salvador da Rima e se criou no terreno fértil entre o rap e o funk paulista. Hoje, aos 19 anos, já emplacou várias parcerias de sucesso.
O artista estourou na cena de SP com o funk coletivo “Vergonha pra mídia”, lançado em abril de 2020. Um sucesso maior ainda veio no fim do ano: “Cracolândia”, parceria com o DJ Alok, Djay W e os MCs Hariel, Davi, Ryan SP.
O estilo combativo de Salvador da Rima é herdado dos Racionais MCs e renovado pela popular batida do funk de SP.
Sobre “Cracolândia”, ele diz: “A ideia era falar sobre as coisas que podem iludir a gente que mora na comunidade. O Brasil em que a gente vive tem uma realidade difícil, onde o crime e as drogas são presentes no nosso dia a dia e aparecem como uma ilusão. A gente fez um som consciente e o pessoal abraçou.”
“O impacto de uma música como essa é muito grande para mim, faz diferença mesmo. Outro hit pode até bater o mesmo número, mas não muda a sua carreira como ‘Cracolândia’, e também ‘Vergonha pra mídia'”, ele defende.