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ENTREVISTA: Romaní fala sobre “Forasteiro” e “Maldivas”

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(POP CYBER)

Romaní, que integra o elenco da na nova série da Netflix ‘Maldivas’, estreou recentemente seu single, ‘Forasteiro’, que veio acompanhado de videoclipe. O artista, que é cigano, apresenta sua cultura e referências no novo trabalho. Além disso, no clipe, todos os atores são ciganos. 

‘Forasteiro’, tem a essência do cantor e traz um pouco da trajetória do artista, que chegou a morar em um caminhão, junto dos pais, se deslocando de cidade em cidade e se adaptando às novas realidades.

Em entrevista exclusiva ao Portal Pop Cyber, ele contou todos os detalhes sobre o novo trabalho! Confira:

Você acabou de lançar “Forasteiro”, seu novo single. Como está sendo ver ele finalmente nas plataformas digitais?

R: É uma satisfação enorme, um alívio de um filho que nasce, mas pode ter certeza que eu vou ter uma família muito grande, uma tropa gigantesca de tanto filho que eu vou botar na pista. Espero ter esse sentimento todo mês. Ver algo crescer do zero, que era apenas uma ideia, depois de tanto tempo em laboratório para encontrar uma estética, e hoje sentir que eu encontrei minha estética, sentir que eu consigo entrar no estúdio, ligar o microfone, nem escrever a letra e sair gravando frase por frase, as vezes preciso até escrever a letra depois, é um sentimento que eu sinto que acertei. Em relação a números de streamings e sucesso, é uma consequência, eu estou pensando no processo e não no resultado agora. 

Esse novo trabalho traz uma representatividade incrível com atores ciganos e se liga com sua realidade. Conta pra gente sobre o processo de criação e inspiração para trabalhar esse novo single?

R: A criação foi muito natural. A música já tem mais de um ano, mas o clipe veio através de uma conversa com os meus primos. Estávamos comendo, tocando violão, cantando umas músicas e aí veio a ideia ‘vamos fazer tipo Peaky Blinders’, então veio a ideia de fazer o clipe nessa pegada. Pensamos também ‘nossa vai ser caríssimo’ e eu falei ‘não, com a lábia cigana vamos conseguir o que a gente precisa’. Com o recurso que eu tinha, que não era muito, bons amigos e colaboradores parceiros, a gente conseguiu executar esse trabalho. Transformar meus primos em atores foi uma coisa incrível, sem palavras.

O projeto traz bastante a sua essência. Como foi a composição dessa faixa?

R: Um dia recebi um beat do Jogzz, mostrei umas músicas que eu já estava preparando, ele gostou da estética e falou ‘eu vou criar uma música nessa pegada’. Ele mandou e eu falei ‘o nome dessa música é Forasteiro’. Então comecei a gravar em ‘roleta russa’, como se fosse um freestyle só que parando, pensando em frase por frase e foi basicamente assim que a música surgiu. Eu compunha já gravando a voz, então a voz que está lá é a voz que gravei na hora na primeira gravação, não regravei nada como a maior parte das minhas músicas, as vozes guias já vão para a master.

Para ti, qual a importância de trazer a cultura cigana na música brasileira? E como você vê esse cenário musical?

R: Eu acho que a cultura cigana já está engedrada em diversas culturas. Na minha opinião, conhecendo a fundo a música nordestina, do forró, da sanfona, do acordeon, isso já traz muita influência da música cigana. No sul também tem muito cigano, você vê muita música sulista com o acordeon, as harmonias e melodias. Sem contar o curioso fato que todos conhecem a palavra ‘cigano’, mas não sabem muito bem o que é nosso povo, têm só uma ideia folclórica em cima. Tem até o fato de ser costume de carnaval, algo que eu não concordo, e acho ignorante o fato das pessoas não saberem que, assim como não é legal você se vestir de índio, não é certo se vestir de cigano. A pessoa não sabe, então acaba fazendo, mas é desnecessário. Eu vejo como um carinho pela cultura, mas ao mesmo tempo não conhecem. Então trazer isso na música, ainda mais em uma não tradicional cigana, como o rap, hip hop e trap, é algo que abre portas, não só para o nosso povo, mas para o não ciganos também

No momento você está lançando esse single enquanto está em alta com a série “Maldivas”, na Netflix. Como está sendo tudo isso?

R:  Está sendo muito maneiro, o feedback está sendo muito bom. Apesar da maior parte do público que está vindo me seguir ser mulher, eu preparei músicas que representam a minha realidade, trazendo a minha vivência, mais em uma pegada trap, não necessariamente focado no público feminino. Mas agora é um momento para eu mostra quem eu sou, independentemente da quantidade de views. Eu não estou preocupado com isso, eu quero apenas lançar e tenho certeza que tudo vai vir na hora certa e que esse trabalho que fica aí como lançamentos iniciais vão ficar marcados como um bom início de carreira.

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