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Entrevista: Super Saffira fala sobre a faixa “Me Sinto Só” e próximos passos

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Reprodução: Assessoria de Imprensa | Carolina Martins

A Organização Mundial de Saúde – OMS mostra em seus dados em que mais pessoas morrem como resultado de suicídio do que HIV, malária ou câncer de mama. Entre os jovens de 15 a 29 anos, a causa da morte fica em quarta posição. Na Secretaria de Vigilância em Saúde os dados trazem outro alerta: o aumento em cinco anos de 49,3% nas taxas de mortalidade de adolescentes de 15 a 19 anos. Os números apontam um aumento da taxa em países de alguns continentes, como na América do Sul. Presenciar uma situação foi o combustível da Super Saffira para selar o compromisso de não só espalhar a sua arte, mas também de alertar sobre saúde mental. E neste setembro amarelo, a banda apresenta a melódica “Me Sinto Só”, single voltado para o tema que receberá clipe no dia 29 de setembro. Enquanto isso, também trazem o debate nas redes sociais através de recortes de um curta, criado pelos próprios. 

A jovem Super Saffira, completou dois anos de banda com muita responsabilidade e reconhecimento da importância de sua arte. “Me Sinto Só” inova em mostrar a habilidade da voz de Saffira que acompanha o piano tocado por Pepe Cisneiros. A letra fala sobre solidão, depressão e vício em redes sociais, questões que afetam muitos indivíduos em todo o mundo moderno, principalmente os jovens.

Confira uma entrevista exclusiva com a artista sobre a canção:

Me Sinto Só é o mais recente single da banda e ele é muito mais do que uma simples canção. Falem um pouco sobre o significado dessa faixa e a relação dela com setembro amarelo?

A “Me Sinto Só” representa os sentimentos de solidão, autocrítica e pressão que muitos de nós enfrentamos, principalmente nós mulheres, que somos ensinadas a nos calar diante de situações opressoras. Em um mundo cada vez mais conectado digitalmente, muitos de nós estamos mais desconectados do que nunca. A escolha de lançar ela no Setembro amarelo foi decidida, pra chamar a atenção da saúde mental, e lembrar as pessoas que elas não estão sozinhas em suas lutas.

Como está sendo a repercussão do novo som?

Tem sido ótima. Tenho recebido bastante mensagens de ouvintes dizendo o quanto se identificaram com a música e o quanto ajudaram eles de alguma forma. É um lembrete que a música tem o poder de conectar e de curar, e é maravilhoso poder tocar os corações das pessoas com a nossa arte.

E como foi o processo de composição e produção dessa faixa?

A composição surgiu quando eu e o Hell:P estávamos em casa, jogamos um cobertor no chão da sala, abrimos um vinho e comemos cogumelo, e começamos a ouvir o disco do Pink Floyd no toca disco que ele tinha acabado de me dar. A gente queria muito escrever uma música sobre a solidão, sentimos que estava faltando isso no álbum, que tá cheia de música com mensagens positivas. Falamos do sentimento que eu tenho de ser muito auto-crítica caindo em comparações destrutivas sempre achando que eu poderia ter sido melhor sem reconhecer no presente as evoluções já conquistadas. A música foi se desdobrando de forma natural enquanto ouvíamos o fim do disco Dark Side Of The Moon.

A produção foi em Belo Horizonte, no New Doors Vintage Keys Estúdio. Gravamos com um pianista que compôs o arranjo maravilhoso da track, Davi Fonseca, mas tivemos que mudar o tom, então tivemos que regravar tudo em São Paulo. O pianista que regravou foi o Pepe Cisneiros, no estúdio El Rocha. Quem produziu foi o Arthur Joly.

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Reprodução: Assessoria de Imprensa | Carolina Martins

É um trabalho que veio acompanhado de um curta. Podem explicar um pouco mais sobre isso?

Esse curta, nós fizemos quando estudávamos teatro juntos, anos atrás (que foi onde nos conhecemos também). Foi depois de um evento onde fomos muito impactados, pelo suicídio de uma menina que presenciamos em uma festa. Com a track “Me Sinto Só”, decidimos lançar ele novamente, já que a mensagem é a mesma.

Vocês abordaram muito sobre saúde mental neste setembro amarelo. O quão importante vocês consideram falar sobre isso nas redes sociais enquanto músicos?

Ter uma plataforma e ter uma voz que pode alcançar muitas pessoas, é muito bom. Como falei, sinto que o Instagram, as redes sociais num geral, elevam nossa vaidade e comparações…estimulam esse buraco dentro de nós, então queremos ser um ponto de luz dentro dessas redes, já que acabar com elas não é uma alternativa…portanto, transforma-las é o nosso dever. Considero uma responsabilidade usar essa voz pra falar sobre sobre questões que realmente importam. A saúde mental é frequentemente estigmatizada e negligenciada, e ao abordá-la, a gente espera criar espaços seguros onde as pessoas se sintam compreendias e apoiadas.

Quais são os próximos passos da carreira? O que vem por ai?

Vamos lançar nosso álbum em Março do ano que vem. Além disso estamos escrevendo um filme, que conectará todos nossos conteúdos até então inclusive as tracks do album. Estamos trabalhando em vários tipos de conteúdos para expandir esse universo. Nossa principal mensagem é sempre relembrar as pessoas que somos uma só família, e a Terra é nosso lar, precisamos cuidar um dos outros e da nossa casa! Fiquem ligados, que muitas novidades estão a caminho!

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