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Entrevista: Amannda fala sobre causas LGBTQ+, carreira internacional e lançamento de “Yes”

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(POP CYBER)

Prepare-se para se encantar com a talentosa cantora Amannda, uma figura proeminente na cena eletrônica brasileira, que alcançou um feito impressionante de emplacar 4 sucessos independentes no Chart Dance da Billboard. Agora, ao lado de Liu Rosa & Rafael Starcevic, ela nos presenteia com a emocionante música ‘YES’, que será lançada hoje, dia 29 de novembro, juntamente com um clipe e uma produção surpreendentes, cujos detalhes serão divulgados em breve.

O Pop Cyber conversou com Amannda, e a entrevista você poder ler na íntegra:

  • Qual a importância das causas LGBTQ+ na sua carreira?

Amannda – Confesso que quando comecei a cantar não me sentia parte da comunidade e realmente, pois não sabia como “ajudar”. Foi com o passar dos anos, com a minha vivência com a comunidade, com seus amores e suas dores, que realmente senti que precisava fazer algo por eles (nós , pois me sinto parte). Sou ativista, luto por igualdade, por aceitação. E tento influenciar as crianças, pois elas são o futuro. Ensino que elas precisam respeitar e amar a todos. Eu acho que com o acesso à informação e educação, a nova geração já está vindo com menos preconceitos e mais amor à diversidade e pluralidade humana. O clipe de “Thick Skin” fala exatamente dessa luta, do início de tudo com o movimento do Stone Wall. Fala da dor e da luta das trans, como Marsha P Johnson e Silvia Rivera. Fala da evolução da sociedade em relação a ano de 1969. Mesmo ainda tendo homofobia e preconceito, já conseguimos muitos direitos de lá para cá. Mas, temos que continuar lutando, todos juntos, lado a lado, até que possamos ter uma sociedade com mais amor.

 

  • Como foi a gravação do clipe de “Thick Skin”, retratando os direitos humanos e juntando ativistas que fizeram parte da revolução de Stone Wall, em 1969?

Amannda – Esse foi um processo longo, levou mais de 4 meses entre pesquisas, gravações com os ativistas. Pois, queríamos um clipe impactante, mas que não focasse apenas na parte sombria da nossa luta. Mostra cenas de vítimas de homofobia ao redor do mundo. Mostra a dor, o sofrimento, mas mostra também que o amor vence e que temos uma sociedade em plena evolução. Mesmo sabendo que ainda falta muito para sermos uma sociedade justa. Tivemos que localizar os ativistas que ainda estavam vivos, como Perry Brassi e Randy Wicker, para escutar a sua luta e retratar, ao máximo, seus esforços para que pudéssemos ter direitos iguais. Foi difícil gravar cada cena, pois eu estava de produtora e tinha que assistir a dor dos atores, além de vivenciar as cenas de violência. Mas, para mim, foi uma grande realização, pois foi minha forma de agradecer à comunidade LGBTQ por anos de amor e carinho a mim. E mostrar que eles não estão sozinhos….jamais.

 

  • Como foi trabalhar com o diretor brasileiro Caue Barcelos nesse projeto?

Amannda – Ele é um gênio, extremamente dedicado e perfeccionista. Às vezes, eu ficava louca, pois era muita coisa para produzir e nós dois estávamos sozinhos. Mas, no final, demos conta. Com certeza, esse é o trabalho que mais tenho orgulho em ter feito parte. Para mim, foi uma obra prima criada por ele. Pura arte!

 

  • Você conquistou o primeiro lugar no Top 30 das pistas gay do Brasil, e esteve entre as 10 músicas mais tocadas nas pistas, segundo o Guia Gay de São Paulo. Como é ter esse reconhecimento de um público tão especial?

Amannda – Nossa! Tive a honra de ter duas músicas, ao mesmo tempo, em primeiro e segundo lugar esse ano, e foi uma felicidade tão grande, pois mostra que todo meu esforço valeu a pena. Cada lágrima, cada gota de suor, cada noite mal dormida, quando temos um resultado incrível como esse, realmente faz todo sentido do mundo.

 

  • Como foi a experiência de passar por Paquistão, Lisboa, Genebra, Madrid, Paris e Bangkok em sua turnê internacional?

Amannda – É uma alegria inexplicável. Em pensar que eu saí de uma cidade pequena como Niterói, onde eu cantava numa adega, aos domingos, para cantar e trazer alegria com minha música ao redor do planeta. Me sinto grata e abençoada por cada show, cada lugar e, acima de tudo, cada pessoa que conheço nas turnês. Isso faz com que minha vida tenha sentido.

 

  • Como é ser a única brasileira a emplacar 4 Hits no chart Dance Club Songs da Billboard?

Amannda – Tudo começou com a dupla Altar, que já tinha figurado em primeiro lugar da Billboard com seu hit com a Jeanie Tracy. Foram eles que acreditaram e lutaram para que pudéssemos chegar lá juntos. A primeira vez que entrei, foi com Sound of your voice (composta e produzida por eles), e me lembro da sensação até hoje, de felicidade plena, como se tivesse ganhado um grande prêmio, apenas por continuar lutando por aquilo que acredito. E todas as outras vezes que entrei, achei que o frio na barriga passaria, mas não. Ele só aumentou. Foram momentos muito gratificantes para quem vive de música e, mesmo não tendo uma grande label por trás, ter conseguido chegar a algum lugar.

 

  • ‘YES’, sua nova música de trabalho chega ao mercado na próxima sexta, dia 29 de novembro. Qual a mensagem que você pretende passar com esse novo trabalho?

Amannda – Na verdade, essa música é uma grande brincadeira. O Álvaro, que compôs a letra picante falando de “menage a trois”. Eu apenas entrei na brincadeira e demos o toque apimentado do clipe. Digo que há músicas para refletir, sentir ou dançar. Essa aí, com certeza, é para dançar e abrir a cabeça para novas experiências. Amo esse projeto pela pegada pop que tem a música, produzida pelo Liu Rosa e Rafael Starcevic. Eles, com certeza, são um dos melhores produtores da atualidade. E devo esse encontro aos meus queridos Breno Barreto e Tommy Love, pois eles que nos uniram em FREAK.

 

  • Como foi a gravação do videoclipe de “Yes”?

Amannda – Foram 16 horas de gravação, pois tínhamos estrelas como Nikki, Lorena Simpson, Tommy Love, Nat Valverde, Alex Magnus, Eversend, Brunelli, além de amigos e namoradas dos produtores que fizeram parte da gravação. Então, como o tempo era curto e não tinha como parar e fazer em etapas. Tínhamos que fazer tudo junto. E foi maravilhoso!!! A vibe da galera sempre incrível e a minha equipe, junto à Wegroup, sempre arrasam em tudo. As locações (Sputinik e Igrejinha), não poderiam ter sido mais perfeitas. O resultado ficou absolutamente magnífico. O melhor de tudo foi que, quem dirigiu as cenas picantes, foi meu próprio irmão! Ele não só dirigiu, como quem fez todo roteiro.

 

  • O clipe foi produzido e dirigido por João Marcos, empresário de artistas como UM44K, Kayky, Rick Joe e outros, como foi a experiência?

Amannda – A experiência de trabalhar em família nem sempre é fácil, mas o João (que é meu irmão), fez um trabalho excelente desde o começo. Ele é cheio de ideias, adora criar e realmente tem um talento imenso para isso. Ele também dirigiu FREAK, que também teve um resultado incrível.

 

  • O que vem pela frente após o lançamento de “Yes”?

Amannda – Eu adoro sempre ter coisas na manga. Sou o tipo de pessoa que preciso já deixar projetos pré-agendados para estar com tempo para criar. Por isso, já tenho a Stormlight com o Enzo, a XXo, que já foi lançada (e eu amo essa produção) com o meu querido Daniel Noronha, e estamos para lançar o pack de remixes. Tenho outo single com o Allan Natal, que se chama Crazy Sexy Cool, também tem uma música maravilhosa que vou gravar com Thiago Dukky. A lista é grande! Já temos um projeto incrível com Tommy Love, Filipe Guerra e Lorena para 2020. E uma das minhas maiores felicidades será meu primeiro single com Tony Moran. Ele já havia feito um remix para uma música do Altar comigo, mas nada como ter uma original como uma pessoa tão maravilhosa e talentosa como ele. Enfim, 2020 promete ser ainda mais incrível que 2019. E que venham mais músicas e projetos porque eu quero muito mais!

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