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Ale Monteiro fala sobre bastidores da Indústria da Moda Ale Monteiro ainda comenta e solta críticas à influência da obra Verdades Secretas no setor

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(POP CYBER)

A indústria da moda inclui uma grande diversidade de atividades econômicas, e tem constituído um fenômeno complexo e de grande importância na sociedade moderna. O mundo da moda tem muitas vantagens de prosperidade e ascensão no ramo, mas é possível encontrar diversas adversidades e situações que fogem do padrão.

Ale Monteiro, que trabalha com moda desde os 15 anos de idade, conta que os bastidores dessa indústria não é um mar de rosas como muitos pensam ser, ele relata situações que já viveu e o fizeram refletir sobre o setor.

No meu primeiro dia de trabalho, com apenas 15 anos, fui levado para uma festa da agência, eu nunca tinha ido em uma boate sequer, e só muito depois eu me dei conta que estava numa casa de swing. Foi muito assustador naquela época, mas a moda faz tudo parecer bonito. Não acredito que as agências obriguem as modelos a se prostituir, mas a dificuldade pessoal de cada um, morar numa cidade desconhecida, conviver com pessoas diferentes, toda dificuldade vai inclinando para que essa opção seja facilitada. Uma modelo sem estrutura financeira e familiar que venha para São Paulo, está sujeita a ofertas, é muito particular aceitar ou não. Tem pessoas que se submetem a tudo pelo sucesso, às vezes a moeda é a fama, não é nem o dinheiro”, relata.

O diretor artístico relaciona a obra Verdades Secretas, de Walcyr Carrasco, para demonstrar, que mesmo com exceção, e de forma velada, acontecem casos de prostituição no meio de modelos, prática conhecida como “book rosa”. Porém, generalizar é um erro, fato que no país, muitas modelos se destacaram apenas pelo seu talento e garra na profissão.

Em Verdades Secretas, a história narra o dia a dia de uma agência de modelos, onde a Blunch, por exemplo, dona da empresa que faz a prática do “book rosa” é uma grande exceção, não é uma regra. Devemos imaginar que isso é o pior cenário, assim jamais generalizar. A moda é a quarta maior indústria do país e nós temos modelos brasileiras que abriram caminhos inacreditáveis lá fora, como Gisele Bundchen, que é a número um do mundo. Elas jamais precisaram fazer book rosa para alcançar o sucesso que têm. O book rosa existe? Existe. Mas não é a regra”, ele explica.

No sentido de tratar do tema na moda, para Ale Monteiro, a obra Verdades Secretas, apesar de ser uma produção rica esteticamente e cheia de referências cinematográficas em sua construção, se resume em: Caótica, repetitiva e totalmente rasa.

O que mais incomoda é que Walcyr Carrasco parece não ter assistido ao último capítulo da própria novela. A obra tem uma linguagem super única esteticamente falando, um roteiro e direção de Cine Privê, ausência de diálogos e construção de histórias, apostando arriscadamente na fotografia “noir”, que vai se desenhando ao longo dos episódios, causando a sensação de que está sempre escuro e sempre a noite – remetendo aos filmes do Batman. Acho a série muito apelativa e fantasiosa, com zero compromisso em relação aos assuntos discutidos. É uma cópia fraca e frustrada de Elite, 50 tons de Cinza e 365 dias. Existe a prostituição, a droga, a compulsão por um corpo perfeito, o mercado se abrindo para modelos Plus. Mas não se resume a isso apenas”, esclarece.

Em relação à Verdades Secretas, Ale Monteiro acredita que mesmo a obra trazendo situações do universo da moda, quase toda trama é uma ficção, e muito do enredo deixa a desejar. Ale Monteiro ainda exibe várias críticas a obra de Walcyr Carrasco, em especial para a segunda temporada, enfatizando o forte erotismo e a sexualização da história.

Acho que o roteiro e direção deixou a desejar, a fotografia e trilha sonora estão cansativas e escuras o tempo todo. Tentaram apelar demais pelo sexo – porque vende, mas esqueceram de dar direcionamento e sentido real à história”, destaca.

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