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XAUIM estreia carreira artística com lançamento de clipe e single

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(POP CYBER)

O nome do single de estreia do cantor e compositor baiano XAUIM (@xauim) não poderia ser mais provocativo. Pra Quem Quiser Ouvir chega nesta sexta-feira (21) às plataformas digitais abrindo caminhos e dando a rota do projeto que o artista apresenta até o fim do ano: uma série de singles que, de algum modo, têm no tempo o denominador comum.

“De repente ontem é hoje, e hoje é o que experimentamos ontem”, anuncia o jornalista e sociólogo Muniz Sodré nos primeiros segundos da faixa. A frase, retirada de uma entrevista em que o intelectual tenta descrever um aforismo de Exu, foi uma das inspirações para a composição feita na quarentena, mas cujo sopro veio de todos os lados e em tempos distintos.

Em Pra Quem Quiser Ouvir, XAUIM aproxima vozes: a de Muniz Sodré; a sua própria, que se sobrepõe em gritos e ecos; e também a de várias mulheres (Camilas, Driicca Bispo e Mariana de Oliveira), cujo entrelaçamento origina um coro circular, representação de um tempo profundamente conectado à ancestralidade afro indígena, aos rituais religiosos e ao território latino-americano. Tanto assim, que são essas vozes femininas a entoarem uma frase em espanhol que também dialoga com a Saga de Exu: “La puerta que abre cierra no siempre hay caminos tan claros pa ver”.

O afro groove é o gênero sob o qual se finca o single. O samba de roda do Recôncavo é clave rítmica basilar da faixa, que tem a produção musical assinada por Átila Santana e a percussão pelo talentoso Ícaro Sá.

Composta em Saubara, também no Recôncavo – onde XAUIM está morando há mais de quatro meses por conta do isolamento social –, a música é uma ode à dança, ao canto e à musicalidade capazes de fazer corpo e espírito se unirem em uma experiência terrena transcendental.

O clipe, produzido e dirigido pelo próprio cantor, que também é fotógrafo e videomaker (@matheusl8), foi filmado na roça de seu avô materno, com a ajuda de um primo. A edição foi compartilhada com Gustavo Korontai.

“A religiosidade é uma lente presente nessa canção. E quando falo em religiosidade, é a forma de ver e lidar com a existência, corpo, vida, tempo e tudo mais”, diz o artista, sem abrir mão da metáfora fotográfica. “Por mais que eu não tenha vivência em religião, tenho a consciência que essa religiosidade me atravessa no pensamento, cultura e quem sabe no plano espiritual”, complementa.

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