in

Taylor Swift na Rolling Stone: Leia a tradução dos principais pontos

pop cyber purple POP CYBER
(Foto: Pop Cyber)

Taylor Swift está em uma capa coloridíssima para a Rolling Stone. A entrevista também é extensa, quase uma terapia. No papo, Taylor repassa por vários momentos difíceis da carreira, fala da agressividade da mídia em colocar mulheres umas contra outras, altos e baixos na carreira, a má interpretação das suas ideia, o vai-e-vem com Kanye West, Scott Borchetta, mudança de pensamento em relação a si mesma e seu papel e a importância da turnê gigantesca “reputation”.

A última entrevista que Taylor havia feito com Brian Hiatt foi há sete anos. Quando o jornalista relembrou o papo passado revelou uma cantora que tinha medo de que algo de errado estivesse prestes a acontecer. “Eu meio que sabia. Sentia como se estivesse andando pela calçada sabendo que, eventualmente, a calçada iria desmoronar e eu cairia. Você não pode vencer sempre. As pessoas adoram algo ‘novo’ – elas te colocam lá em cima de um mastro e você fica acenando no topo e depois elas pensam ‘espere, essa nova bandeira é o que eu amo agora’. Elas decidem que você está fazendo algo de errado, que você não representa mais o que deveria, que é um mau exemplo. Então se continuar fazendo música e sobreviver, e continuar se conectando com as pessoas, eventualmente eles levantam um pouco mais o mastro. E isso acontece mais com as mulheres do que com os homens na música.”

“Eu tive momentos de turbulência na minha carreira. Quando eu tinha 18, eles diziam ‘ela não escreve mesmo todas essas canções’. Então no meu terceiro álbum eu escrevi tudo sozinha como uma reação a isso. Depois eles decidiram que eu era uma namorada em série quando tinha 22. Então eu não me relacionei com ninguém por uns 2 anos. E depois eles decidiram em 2016 que absolutamente tudo sobre mim estava errado. Se eu fizesse algo de bom, era pelas razões erradas. Se eu fizesse algo corajoso, não fiz da forma correta. Se eu me defendesse, eu estava de birra. Então eu me vi em uma cadeia sem fim de piadas. Então decidi não falar mais nada. Não foi necessariamente uma decisão. Foi involuntário”.

Taylor descreve essa fase do “reputation” como “de um amor em meio ao caos”. “Eu vivi momentos lindos, na minha vida calma que decidi viver. E eu tive incríveis lembranças com meus amigos que sei que se preocupam comigo, mesmo que todos me odeiem. As coisas ruins foram significantes e prejudiciais, mas as boas vão durar. As boas lições – você percebe que você não pode apenas mostrar a sua vida às pessoas”.

taylorswift rollingstone3 POP CYBER
Taylor Swift (Foto: Divulgação)

Por um tempo no papo, Taylor falou sobre Kanye West e relembrou toda a trajetória de treta com o rapper que completou recentemente 10 anos. A calmaria chegou com a turnê do “reputation”. “Aquela turnê me colocou no lugar mais saudável, equilibrado que eu jamais estive. Após a turnê, coisas ruins podem acontecer, mas elas não me diminuem mais. O que aconteceu meses antes com Scott [Borchetta] poderiam ter me atingido três anos atrás e me calado. Eu tinha muito medo de falar. Algo nessa turnê me fez desviar de alguma parte da percepção pública em que eu costumava sustentar toda a minha identidade, que agora sei que é incrivelmente prejudicial”.

Perguntada sobre que “revelação” foi essa que ela percebeu, Taylor segue: é quase como se eu sentisse que o meu trabalho é ser artista [entreter as pessoas]. Não é essa coisa grandiosa que às vezes o meu cérebro interpreta e às vezes a mídia faz parte, onde estamos todos neste campo de batalha e todo mundo vai morrer exceto uma pessoa. É como ‘quer saber uma coisa?’. Katy [Perry] vai ser lendária. [Lady] Gaga será lendária. Beyoncé será lendária. Rihanna vai ser lendária. Porque o trabalho que elas fizeram obscurece completamente a miopia desse ciclo de notícias de 24 horas loucas por cliques. E de alguma forma eu percebi isso em turnê, enquanto olhava o rosto das pessoas. Nós somos apenas divertindo as pessoas, e isso deve ser divertido”.

A luta por liberdade criativa vem a seguir: “muitas das melhores coisas que eu criativamente já fiz foram aquelas que eu realmente tive que lutar – e quero dizer, lutar agressivamente – para acontecer. Mas sabe, não sou como ele [Scott], fazendo acusações malucas e mesquinhas sobre o passado. Quando você tem um relacionamento empresarial com alguém por 15 anos, haverá muitos altos e baixos. Mas eu realmente, legitimamente, pensei que ele me olhasse como a filha que nunca teve e que havíamos tido momentos realmente ruins, diferenças criativas. Eu queria ser amiga dele. Pensei que sabia como era traição, mas essas coisas que aconteceram com redefiniram traição para mim porque parecia uma família. Ir do sentimento de ser encarada como uma filha para algo grotesco como “eu era realmente o bezerro premiado que ele estava engordando para vender ao matadouro que pagaria mais”.

taylorswift rollingstone4 POP CYBER
Taylor Swift (Foto: Divulgação)

No papo, Taylor ainda repassa faixas do álbum “Lover” e sobre de onde tiraria inspiração quando tudo se acalmar na sua vida. “Não sinto que cheguei nesse ponto ainda [de retirar ideias para músicas fora da sua vida pessoal]. Acho que há uma possibilidade quando eu tiver uma família. SE eu tiver uma família. [Pausa] Não sei porque eu disse isso! Mas é o que eu aprendi com outros artistas que são protetivos com suas vidas pessoais, então eles retiram sua inspiração de outras coisas. Mas de novo, não sei porque disse isso. Porque eu não sei como vai ser minha vida ou o que farei, mas agora sinto que é mais fácil escrever que antes”.

“Cantar sobre algo ajuda você a expressar [os sentimentos] de uma maneira que pareça mais precisa. Você não pode de maneira alguma colocar palavras em uma frase e mover alguém da mesma maneira como se você as ouvisse com a representação sonora perfeita desse sentimento. Há esse conflito estranho em ser um compositor confessional e depois também ter minha vida, você sabe, há 10 anos, catapultada para essa coisa estranha da cultura pop”.

“Algo que tive que reconciliar comigo mesmo nos últimos dois anos, esse tipo de complexo de ser ‘boa’. Porque desde que eu era criança, tentava ser gentil, ser uma boa pessoa. Tentava muito, mas às vezes você é atropelada e como você responde? Não dá para simplesmente sentar, comer a sua salada e deixar pra lá. ‘I Did Something Bad’ é sobre fazer algo que eu era contra. Katy [Perry] estávamos falando sobre nossos signos [risos]. Claro que estávamos”, disse antes de discorrer sobre a reaproximação com a cantora.

“Estávamos conversando sobre nossos signos porque tivemos uma conversa muito, muito longa quando estávamos nos reconectando. Lembro que na longa conversa ela disse ‘se tivéssemos com um copo de vinho branco estaríamos chorando’ porque estávamos bebendo chá. Tivemos boas conversas. Falamos sobre como tivemos problemas de comunicação com pessoas no passado, especificamente entre eu e ela. E ela ‘eu sou de escorpião. Os escorpianos atacam quando se sentem ameaçados’. E eu pensava ‘bem, eu sou uma arqueira. Nós literalmente recuamos, avaliamos a situação, processamos, levantamos o arco, puxamos para trás e disparamos. Então são maneiras completamente diferentes de processar dor, confusão, equívoco. E muitas vezes tive esse atraso em perceber que algo me machucava e a dizer que me magoava. Sabe o que quero dizer? Se você assistir ao VMA de 2009 eu literalmente congelo. Eu estou parada lá. E é assim que eu lido com qualquer desconforto, fico lá, congelada. Mas cinco minutos depois eu sei como me sinto”.

taylorswift rollingstone5 POP CYBER
Taylor Swift (Foto: Divulgação)

Taylor termina a longa entrevista a descrevendo como uma “segura sessão de terapia”. Você lê na íntegra – e em inglês – aqui.

pop cyber purple POP CYBER

Taylor Swift anuncia turnê do álbum “Lover” em festivais

pop cyber POP CYBER

Camila Cabello canta “Liar”, “Shameless” e “Señorita” em festival nos EUA