Refletindo questões migratórias, a cantora e compositora Sarah Abdala lança uma sessão ao vivo para “Migrante”, destaque de seu novo álbum, “Pueblo”, onde apresenta novas camadas sonoras e uma identidade latino americana. A versão ao vivo é faz parte de uma série e está disponível no canal da artista no YouTube.
“Em “Migrante” estou falando da imposição de uma invisibilidade para um povo, de recomeçar depois de acontecimentos opressores e violentos… Estou falando que o mundo é de todos, que ninguém vai se paralisar ou fugir por medo, e que temos que nos reconectar como humanidade”, conta Sarah.
Se em seu debut “Futuro Imaginário” (2014), Sarah era existencialista e no disco “Oeste” (2017), refletia suas raízes goianas, agora ela olha ao redor e como essa jornada a afeta no recente “Pueblo”. O olhar e visão humanos, pensando nas diásporas latinas, formam as migrações poéticas e estéticas do disco. Calcadas no minimalismo da voz, guitarras, viola e violão cercado por camadas de sintetizadores, as canções do disco ganham nova força em formato com banda nessa série que foi aberta por “Seio Azul” e ganhará mais três registros.
“Acho que o disco tem uma vibração muito particular, que no palco não é possível transmitir na mesma frequência. Então, decidimos dar uma nova vida as principais músicas do disco em uma versão com bateria, percussão”, revela ela.