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O novo “Arco íris” da Xuxa

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(POP CYBER)

Não tem idade pra ser baixinho. Nesta semana, um guarda municipal de Santos foi humilhado ao repreender um desembargador que estava sem máscara na rua em meio à pandemia do novo coronavírus. O vídeo viralizou. O guarda Cícero Hilário Roza Neto se manteve firme e ganhou a Internet, que, claro, não tolerou a atitude do tal desembargador. Em troca da boa conduta: posts, matérias, manifestações de apoio e até uma medalha. Mas sabe com o que mesmo que o Cícero ficou feliz? Com uma mensagem dela… Da Xuxa.

“Vocês deixam eu falar um palavrão? Seu policial, parabéns, muito obrigada mesmo. Tomara que tenha mais e mais pessoas como você”, postou Xuxa em uma rede social. Quando viu o vídeo, Hilário se emocionou. “Eu queria agradecer à ela pelo carinho”, disse em vídeo. “Queria dizer que sou muito fã, sou ainda um baixinho, e ela ainda é minha rainha”.

Homem feito, fardado, mas ainda um baixinho. Eu te entendo, Hilário. Mesmo. Sou fã da Xuxa desde de pequenininha. Tremi na base quando, aos 25 anos, numa missão do trabalho, a conheci. “Lua de Cristal”, inclusive, foi meu tema de formatura. Mas não estamos aqui pra falar de mim. A Rainha dos Baixinhos ainda não perdeu a sua majestade. Pelo contrário. Diferente da monarquia tradicional, Xuxa se reinventou. A apresentadora se deu conta do poder do seu engajamento e escolheu causas importantes para emprestar a sua voz.

A Xuxa, que revolucionou a indústria infantil várias vezes, se prepara para mais uma reviravolta: um livro infantil com conteúdo LGBT. Na história, ela contar a trajetória de uma menina que tem duas mães. “A gente está passando por tanto preconceito, tanta discriminação, tanta gente julgando as pessoas pelas suas escolhas…”, disse em live ao site UOL. “ Nesse livro tentei colocar de maneira lúdica, bonita, para que as crianças possam entender que o amor é mais importante do que qualquer coisa”.  As criticas sobre o livro que nem tem data de estréia ainda já estão rolando. Alguns internautas, inclusive, pedem que ela “deixe as crianças em paz”.

Se ela se vira bem com críticas? Não. Em entrevista recente, disse que não lida com elas, mas que engole. “Às vezes descem fácil, às vezes demoram a descer”, disse. Também em suas redes sociais, Xuxa aborda temas importantes e incentiva vítimas de abuso a denunciarem seus agressores. O abuso sexual contra crianças e adolescentes aumentou na quarentena. O apelo da apresentadora é para que as pessoas ao redor também denunciem por aqueles que, por algum motivo, não conseguem. Sobre o feminismo, não se diz militante, mas que gostaria de ver as mulheres se apoiarem mais e ganharem espaço como os homens. A cantora também usou sua visibilidade para dar voz à Ariadna Arantes, e pediu o fim da matança de mulheres trans com um vídeo explicativo. Xuxa engajada é uma potência.

Em relação à busca pela felicidade de todos, ela postou o seguinte texto no Instagram, atribuído à Renata Cortezac: “Eu acredito na cura gay. Sabe quando ela ocorre? Quando, como vi hoje em um post, o pai pede que o filho dê um beijo no namorado para ele tirar uma foto. Também ocorre quando o neto pergunta para a avó: ‘O que a senhora faria se eu trouxesse meu namorado aqui na sua casa?’ E a avó responde: ‘Café.’ Ou quando alguém pergunta a uma criança: ‘O que você acha de um homem se casar com outro homem ou de uma mulher se casar com outra mulher?’ e a menininha pergunta: ‘vai ter bolo?’”. A apresentadora continuou: “A cura ocorre quando a culpa desaparece, quando a pessoa deixa de se sentir errada, quando consegue ser feliz sem medo, sem pensar em doença, ou pecado. A cura vem quando se tira o peso das costas, quando não se percebe como o estranho no ninho, quando a pessoa se sente amada. Desse processo de cura precisamos todos nós. Precisamos nos assumir. Todos nós. Gordinhos, baixinhos, magrinhos. E o mais legal é que quando eu deixo o outro ser do jeito que ele quer ser, o mundo fica mais fácil para eu ser do jeito que eu quero ser”. Se tá feio ou dividido, a gente espera que fique mais colorido. O que vale nessa vida é ser feliz, não, é mesmo, Xuxa?

 

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