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Namorado infiltrado, easter eggs e personagens verdadeiros: o folclore é real no novo álbum de Taylor Swift

pop cyber POP CYBER
(Foto: POP CYBER)

 

Do nada, ela apareceu com um álbum prontinho. O nome tem tudo a ver não somente com as faixas, mas com tudo o que envolve a artista. Se tem alguém com muito folclore envolvido, esse alguém é Taylor Swift. Essa sabe criar um cenário favorável. Em torno do novo trabalho: muito mistério e teorias. Seria o namorado um colaborador misterioso? As histórias são reais? Quais foram as inspirações?

Novo álbum

Taylor lançou “Folklore” sem fazer muito alarde, mas bateu o recorde de álbum mais executado na estreia, com 80,6 milhões de reproduções em 24 horas. E não foi só o novo trabalho que ganhou destaque: seus álbuns antigos TODOS voltaram para o topo. Verdadeiro significado de “uma coisa puxa a outra”. O álbum é praticamente uma coleção de várias histórias, uma por faixa. O interessante é que algumas se complementam e trazem outro ponto de vista da mesma situação, fazendo com que se tornasse o favorito de muitos fãs da cantora que já passaram por todas as fases anteriores.

Namorado disfarçado? 

“Folklore” não tem nada da vibe pop que a cantora tem investido desde 2014. Ele foi totalmente gravado, pensado, e idealizado na quarentena. Inclusive para o clipe de “Cardigan”, Taylor afirmou ter o menor número de profissionais possível, tornando-a, assim, responsável pela própria maquiagem, cabelo e figurino. Em um cenário de equipe reduzida, não seria estranho se o namorado da cantora, Joe Alwyn, com quem tem passado o isolamento por conta da pandemia, colaborasse, certo? Pelo menos é o que os fãs acreditam piamente. Teorias na Internet afirmam que William Bowery, creditado no álbum, seria na verdade o pseudônimo usado por Joe. Acredita-se que William seja uma homenagem ao avô do rapaz, que era músico e a escolha do sobrenome Bowery tenha se dado por conta do nome do hotel onde os pombinhos começaram o romance. O fato é que não há registro de William Bowery em lugar nenhum. Das duas, uma: ou Taylor deu uma excelente oportunidade para alguém completamente anônimo, ou a teoria está certa. Eu, particularmente acho que é verdade, sim.  Não seria a primeira vez. Quando namorava Calvin Harris, Taylor assinou disfarçada como uma das autoras de “This is what you came for”. Quer mais, curupira?

Nome de bebê revelado e homenagem à personagem de “Game of Thrones”

Pois tem mais. Que Taylor é fã dos easter eggs (referências de outras obras ou pistas) a gente já sabe. Outra teoria é que o nome da filha de Blake Lively e Ryan Reynolds (o Deadpool, pra quem ficar perdido) tenha sido revelado no título da canção “Betty”. Taylor é muito amiga da atriz e o nome da bebê, que nasceu em outubro do ano passado, ainda não era de conhecimento do público. Acredita-se que seja uma homenagem, já que os outros dois filhos do casal também estão representados por outros personagens das histórias contadas por Taylor no álbum: Inez e James.  Há quem diga também que a canção “Mad Woman” seja também uma homenagem, dessa vez à uma personagem de “Game of Thrones”, a Daenerys Targaryen. Isso porque em seu sexto álbum “Reputation”, Taylor admitiu ter inserido referências da série de sucesso. Parece uma viagem total, né? Mas no universo da cantora, é super possível.

A história da mansão de Rhode Island

Agora vou contar a minha história favorita do álbum. Em uma das canções, “The last great american dinasty”, Taylor conta a história de Rebekah Harkness, socialite conhecida pela vida extravagante nos anos 50. Dona de uma grande fortuna, era conhecida por festas incríveis e luxuosas (bota luxo nisso!), e também por ter enchido algumas vezes a piscina com champanhe caro, o Dom Perignon. Alguns convidados especiais estavam sempre presentes, como Salvador Dalí.  Por conta da saúde delicada de seu marido, William Harkness, os médicos pediram que a farra diminuísse. Eles não deram ouvidos, e o empresário do ramo do petróleo acabou morrendo por conta de um infarto, o que deixou Rebekah se sentindo culpada por muitos anos.Tomada pela tristeza, passou a gastar mais dinheiro e tomou a decisão de deixar a casa do casal, uma mansão em Rhode Island, fato retratado na canção. As histórias da personagem nunca foram esquecidas. Agora vem a parte legal! Sabe quem comprou a casa anos depois? Aham, isso aí. Ela mesma: Taylor Swift!

A cantora comprou a mansão, chamada de Casa de Férias, em 2013 por 90 milhões de dólares, depois de mais de 50 anos sem que ninguém morasse por lá. Ela  provavelmente se identifica com a história de Rebekah em algum sentido. Os versos finais passam a ser narrados em primeira pessoa. Moradora da mansão em Rhode Island, Taylor viveu na pele o que é ter a casa mais visada (e cara) da região. Alguns vizinhos criticavam suas festas gigantescas de 4 de julho e a aglomeração de fãs desesperados por um aceno da celebridade. “Cinquenta anos é um longo tempo. A ‘Casa de Férias’ ficou silenciosa na praia, livre de mulheres loucas e de seus homens e seus maus hábitos e, então, foi comprada por mim”, diz um dos versos. Mulher louca, aliás, é a forma como Taylor fala de si mesma em várias ocasiões.

Diferente de “Lover”

Nem parece que há um ano estávamos ouvindo “You need to calm down” e “Me”. O álbum do ano passado é tão recente que, a cantora ainda está colhendo os frutos que plantou. Com ele, está colecionando indicações no prêmio da MTV Americana, o VMA. “The man”, uma crítica ao universo machista que a cerca, está entre os clipes favoritos ao “Video do ano” e Taylor também concorre como “Melhor artista pop”. Mas “Folklore” é um trabalho diferente, que em nada lembra “Lover”. Considerado muito profundo e muito pessoal, vale ouvi-lo como um audiolivro. Pelo menos foi assim que eu ouvi.

Sempre cercada de histórias que a gente fica sem saber se são reais ou não, Taylor Swift consegue ser uma das artistas mais importantes para o Folclore da música mundial, como um personagem riquíssimo e cheio de surpresas.

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