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Jingle X Sound Branding: Qual é a diferença entre os dois recursos sonoros na gestão das marcas?

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(POP CYBER)

Quem nunca se pegou cantarolando um jingle famoso ou se lembra de uma marca específica quando escuta um determinado som? Basta ouvir o toque do “Tudum” para identificar, por exemplo, a abertura da Netflix. Seja a partir de uma propaganda ou de um logotipo sonoro, a verdade é que o som é fundamental para que as marcas criem relação afetiva com as pessoas. Mas afinal, que ferramentas são essas que fazem criarmos memórias sobre uma empresa ou produto?

O jingle, desde seu início na década de 30, é uma ferramenta publicitária utilizada para vender produtos ou serviços em campanhas de marcas. Ele geralmente traz melodias contagiantes e letras “chicletes”, fáceis de serem memorizadas. Não é à toa que muitos deles se tornaram famosos e entraram na história da publicidade brasileira. Para as gerações X e Y o “Me dá, me dá, me dá, me dá Danoninho, Danoninho dá”, “Pipoca com Guaraná” ou a célebre “Hoje é sexta-feira! Traga mais cerveja”, mostra a força do jingle que há décadas contagiava as pessoas e consequentemente melhorava os resultados das empresas. Porém, essa melodia tão memorável era descartada quando a campanha caducava, não dando continuidade à construção de marca.

Das cartas até a internet, passando pelo jornal, rádio, telefone e televisão, os meios de comunicação evoluíram junto com os avanços tecnológicos, porém nenhum desses canais deixaram de existir com a chegada do novo. O mesmo acontece com o jingle, que agora como um recurso sonoro “avô”, abre espaço para a chegada do Sound Branding, uma ferramenta ainda recente que nasceu para atender as novas necessidades das marcas, fazendo com que o jingle passe a integrar uma das possibilidades sonoras dentro desse universo 4.0, que ganha cada vez mais força para atender as expectativas do mundo da comunicação.

De acordo com Zanna, CEO da agência Zanna, pioneira em Sound Branding na América Latina e uma das poucas empresas do segmento no mundo associadas à Audio Branding Academy, fundada na Alemanha, em fevereiro de 2009, “com a internet milhares de avenidas na comunicação surgiram. O Sound Branding nasce junto com ela para atender as novas necessidades das marcas e dos públicos, criando identidade sonora e fazendo com que a marca seja reconhecida e se diferencie das demais”, enfatiza.

O jingle, durante muitos anos fez muito bem seu papel de vender produtos ao longo das campanhas publicitárias do século XX na televisão e no rádio, mas é o Sound Branding que cria o som da marca que é aplicado ao longo dos tempos. “Ao desenhar um projeto de Sound Branding ou Music Branding criamos uma identidade musical que pode ser expressada a partir de campanhas ou sons de produto que torna a experiência ainda mais sólida, com a voz dá a vida e humaniza a marca de maneira que as pessoas possam começar a se relacionar com ela”, complementa.

O Sound Branding tem no seu cardápio sonoro elementos fundamentais como o logotipo sonoro que serve de assinatura para vídeos, filmes, spots, URA (atendimento telefônico); o tema musical que utiliza uma melodia que deve estar presente em toda a comunicação, como acontece, por exemplo, com o tema musical do Itaú que vai sendo rearranjado de acordo com cada campanha; a voz que passa a personificar a marca e transmitir seu recado; o Music Branding que é a seleção de artistas, estilos musicais que se desdobra nas trilhas sonoras dos vídeos, filmes, nas canções das campanhas, na playlist que toca nas lojas, nos eventos e o Sound Design que são os sons aplicados em produtos, como tons exclusivos de determinadas marcas de celulares, botões dos aplicativos e até mesmo o som do micro-ondas que apita na cozinha.

Marcas como a Intel que está há anos nos ouvidos do mundo todo, a operadora de telefonia Vivo, com seu logotipo sonoro no final dos filmes que fala “Vivo”, a Coca-Cola que surpreendeu com seu logotipo sonoro nas caixas registradoras de supermercados, a L´Occitane Au Brésil, com sua identidade sonora e canções envolventes a cada campanha e o MetrôRio, primeiro meio de transporte de massa do mundo a ter um projeto de Sound Branding, que tem sua música coreografada pelos grupos de passinho dos subúrbios da capital fluminense, presente em remixes, baladas e formaturas pelo Brasil, além da voz, que por sinal é da Zanna, que já é considerada sinônimo da cidade maravilhosa, são apenas alguns exemplos de como os sons e a música estão se constituindo numa ponte afetiva que conecta empresas e pessoas.

“O som está presente em tudo e isso mostra que o sound branding veio para ficar. Ele não está a serviço de uma campanha específica, ele é a marca no sentido da audição e está presente onde a marca estiver, seja na internet, na TV, do rádio ao mobile, do evento aos sons dos produtos”, finaliza.

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