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De Luan Santana a Michel Teló: cantores detalham milionária música sertaneja em documentário

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(Foto: Pop Cyber)

Nem MPB e nem rock. O sertanejo é o estilo mais laico da música brasileira, isto é, que não se furta a fusões para continuar em evidência. É o ritmo mais rentável e que movimenta cadeia econômica milionária em que investidores, nem sempre ligados à cultura, definem o que é sucesso. O assunto é tema do documentário O Fenômeno Sertanejo, com Luan Santana, Chitãozinho & Xororó, Michel Teló, Alok e Naiara Azevedo, entre outros cantores, o produtor musical João Marcello Bôscoli, compositores, empresários e especialistas. A obra estreia nesta quinta-feira, dia 9, às 22h, no canal de TV por assinatura Music Box Brazil.

Estruturado em nove capítulos, o filme resume três mutações do sertanejo até se tornar estritamente comercial. Surge em 1929 como música caipira e regional, com o retrato dos interiores do país. Canta o sertão, Chico Mineiro, cavalo e o arreio. O sertanejo moderno em 1982 com Chitãozinho & Xororó introduzindo banda nos arranjos de Fio de Cabelo, tocando em rádios e TVs das grandes cidades. Ganha fôlego na década seguinte com Zezé di Camargo & Luciano e Leandro & Leonardo no projeto Amigos. Em 2000, o país conhece o sertanejo universitário dos pioneiros João Bosco & Vinícius.

Aumento do poder de consumo dos brasileiros, pulverização das redes sociais e pirataria de discos. Os universitários João Bosco & Vinícius se apresentam em festas estudantis de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, até que um registro amador deles se espalha por repúblicas do Estado e pelo Brasil. “Deram um nome: sertanejo universitário”, explica Bôscoli. Os consumidores são “Um público jovem, que compra ticket, que consome shows e música na internet”, define Michel Teló. A explosão de novas duplas vem nesse embalo.

O sertanejo universitário se torna música de estética urbana consumida pela grande massa e elite brasileira, embora rejeitada pela MPB. Vira um negócio e um novo termo se populariza: gestor de carreiras. Isto é, investidores que acreditam no potencial econômico do meio, lançando duplas como espécie de startups. “São pessoas físicas, às vezes empresários, que não têm muito a ver com o mundo da música, mas gostam e injetam dinheiro num projeto”, caracteriza Cuiabano, locutor anfitrião da Festa do Peão de Boiadeiro de Barretos.

O debate também abordará o monopólio de grandes escritórios nos investimentos e faturamentos do meio, a mensuração de novos singles, fusões com pagode, música eletrônica e outros ritmos, o artista como um produto e o lançamento de novos talentos na dependência de investidores. Sorocaba, dupla com Fernando, refletirá sobre compras de posições em paradas de sucesso e engajamento nas redes sociais. A autoafirmação das mulheres como contraponto a letras machistas cantadas por homens no movimento Feminejo, com Maiara & Maraísa, Naiara Azevedo e Marília Mendonça.

O Fenômeno Sertanejo é uma produção da Clube Filmes com direção geral e artística de Fabrício Bitttar. “O sertanejo, com certeza, vai ficar muito tempo ainda nas paradas. Ele tem uma estrutura já montada e construída, com rádios e shows, pessoas vendendo esses eventos, uma estrutura de produção e criação de conteúdo. Há um interesse muito grande de jovens em se lançarem nesse mundo. Quer dizer, existe material humano. A gente não vê no horizonte da música brasileira uma reação da MPB e do rock”, avalia o pesquisador Edvan Antunes.

Sobre Luan Santana:

Luan Santana é um cantor e compositor brasileiro de música sertaneja, nascido em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, em 13 de março de 1991. Ele começou sua carreira em 2009, lançando seu primeiro álbum “Tô de Cara”, que incluiu hits como “Meteoro” e “Você Não Sabe o Que é Amor”. Desde então, Luan Santana se tornou um dos artistas mais populares do Brasil, com uma grande base de fãs em todo o país.

Ao longo de sua carreira, Luan Santana lançou vários álbuns de sucesso, incluindo “Ao Vivo no Rio” (2011), “O Nosso Tempo é Hoje” (2013), “1977” (2016) e “Live-Móvel” (2017). Ele também ganhou vários prêmios importantes, incluindo o Grammy Latino e o Troféu Imprensa.

Além de sua carreira musical, Luan Santana é conhecido por seu engajamento em causas sociais, apoiando projetos como o Criança Esperança e o Teleton. Ele também é um dos artistas mais seguidos nas redes sociais, com milhões de seguidores em plataformas como o Instagram e o Twitter.

Em resumo, Luan Santana é um dos artistas mais populares e influentes do Brasil, com uma grande base de fãs e uma carreira de sucesso na música sertaneja.

Sobre Naiara Azevedo:

Naiara Azevedo é uma cantora e compositora brasileira de música sertaneja. Ela nasceu em 30 de outubro de 1989, na cidade de Farol, no estado do Paraná, Brasil. Naiara ganhou destaque nacional em 2016 com o lançamento da música “50 Reais”, que se tornou um grande sucesso, alcançando o topo das paradas musicais no Brasil.

Antes de sua carreira solo, Naiara fazia parte de uma dupla sertaneja chamada Naiara e Jefferson. No entanto, foi com sua carreira solo que ela conquistou maior reconhecimento. Seu estilo musical é caracterizado pela mistura de sertanejo universitário e música romântica, com letras que abordam temas do cotidiano, relacionamentos e empoderamento feminino.

Naiara Azevedo lançou seu primeiro álbum solo em 2012, intitulado “Coitado”, que incluiu o hit “Sou Foda”. Desde então, ela lançou outros álbuns de sucesso, como “Totalmente Diferente” (2016) e “Contraste” (2018). Naiara também é conhecida por suas apresentações ao vivo animadas e carismáticas, que conquistaram um público fiel.

Além de sua carreira musical, Naiara Azevedo também é uma influenciadora digital, com uma presença forte nas redes sociais. Ela compartilha momentos de sua vida pessoal, bastidores de shows e interage com seus fãs.

Naiara Azevedo continua ativa na indústria da música, lançando novas músicas e realizando shows por todo o Brasil. Sua popularidade e talento a consolidaram como uma das artistas femininas mais proeminentes do cenário sertanejo atual.

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