Parte essencial da narrativa construída para o lançamento do seu álbum de estreia “11:11”, o Marsellie já havia se destacado com os videoclipes para “Now Or Never” e “Dream”. Nesse domingo (24), o duo formado por Júlio Torres e Sarria colocou um ponto final na trama com o vídeo de “Make Me Feel”.
Como nos capítulos anteriores da trilogia, o novo clipe vem assinado pelo conceituado cineasta mineiro Mess Santos — diretor responsável por dezenas de produções audiovisuais em mais de 25 países e com mais de quatro bilhões de views, que já trabalhou com artistas como Alok, Anitta, Dennis DJ, Felguk, Gabriel o Pensador, Jota Quest e Marcelo Falcão.
E se no “Chapter 1” e no “Chapter 2” ainda não estava claro quem eram os dois personagens interpretados por João Hercullano e Duda Gouveia e o que se passava com eles, o “Chapter 3” revela que, por trás de todo aquele cenário pós-apocalíptico com portais interdimensionais e viagens no tempo, havia, essencialmente, uma história de amor.
As gravações rolaram no estado da Califórnia, nos Estados Unidos — mais precisamente, no Deserto de Mojave e na “cidade fantasma” de Bombay Beach, badalado ponto turístico dos anos 50 e 60 que acabou abandonado depois de inundações provocadas pela elevação dos níveis da água.
“A gente sempre quis que o Marsellie fosse reconhecido como um projeto que atua em várias esferas artísticas. Cada faixa do nosso álbum está entrelaçada com a história do clipe e os detalhes da capa, criada pelo André DaLata. A cidade pintada dentro do olho na arte do André é a mesma que aparece no início do vídeo de ‘Now Or Never’, por exemplo”, explicou Sarria.
Assim, com o encerramento da trilogia audiovisual, o ciclo de “11:11” definitivamente chega ao seu fim — certamente, para dar lugar a uma fase nova e igualmente recheada de referências.
“Acreditamos profundamente no valor da arte quando ela é expressada de forma genuína, e o Marsellie representa nossa essência expressada em várias frentes: música, cinema, moda e artes plásticas. Essa é a nossa maneira de compartilhar nossa paixão com vocês”, concluiu.
Mais sobre o “11:11”
Lançado em 25 de agosto, via Simply Different, “11:11” é o primeiro álbum do Marsellie. Produzido ainda durante o período de pandemia e testado em algumas das performances da dupla, o LP foi cuidadosamente desenvolvido, trazendo uma abordagem musical mais introspectiva, que fosse capaz de transitar entre indie dance, house e pop, e unindo elementos melódicos com ritmos envolventes.
Mas para além disso, por meio de suas 11 faixas, a obra conta uma história contínua e lúdica que engloba ficção científica, viagem no tempo, distopia futurista e numerologia, reforçada tanto pelos videoclipes dirigidos pelo conceituado cineasta mineiro Mess Santos, quanto pelas artes visuais assinadas pelo também mineiro André DaLata.
Essencialmente, “11:11” faz alusão a um portal interdimensional que é capaz de nos transportar para qualquer lugar no espaço-tempo. Esta é a maneira como Júlio e Sarria enxergam a sua arte.
O LP ainda contou com as colaborações de talentosos produtores e instrumentistas, como Brian Ortega, Fernanda Kostchak, Matheus Pinheiro e Pedro Chaves.
Sobre o Marsellie
Nascido oficialmente no palco Nomad do Festival Surreal, em abril de 2022, o Marsellie mistura estilos que vão do deep house ao house melódico. Bebendo de fontes como Jan Blomqvist, Bob Moses, os trios WhoMadeWho e RÜFÜS DU SOL e os lendários grupos Talking Heads e LCD Soundsystem, a dupla nasceu com o propósito de encontrar uma sonoridade diferente de tudo que já havia sido feito por seus membros até então.
O seu nome combina as palavras “MARS” e “ELLIE”, representando Marte e “raio de sol”, respectivamente. A crença antiga sugere que quando a luz solar atravessa nuvens, um portal se abre, permitindo o teletransporte no tempo-espaço. O duo acredita que a música compartilha esse poder, atuando como um portal para resgatar memórias e lugares marcantes.
A proposta do Marsellie é criar uma experiência audiovisual que permita ao público viajar para suas lembranças mais preciosas, baseando toda a narrativa nessa conexão entre música, portal e memórias.
