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Andy Taylor, do Duran Duran, anuncia ter câncer

Saiba mais sobre a doença que acomete o músico e o impediu de comparecer na cerimônia do Hall da Fama

Andy Taylor POP CYBER
Reprodução/Instagram

Esta semana, Andy Taylor, guitarrista do Duran Duran, teve sua ausência notada em cerimônia do Hall da Fama do Rock. O músico revelou que foi diagnosticado com câncer de próstata no estágio 4.

Lembramos que estamos durante o período da campanha Novembro Azul, que tem como foco principal o câncer de próstata, convoca esse público a voltar aos consultórios para cuidar da saúde de forma integral. Segundo dados do INCA, a previsão é de 65.840 novos casos de câncer de próstata para cada ano até 2022. Mas outros tumores que acometem os homens também merecem atenção, como os de pênis e testículos, bexiga e rins.

“O câncer de próstata, na maioria das vezes, cresce de maneira lenta, levando alguns anos para chegar a 1 cm³. Por isso, é interessante a realização de exames a partir dos 50 anos para quem não tem histórico familiar e dos 45 anos para quem tem. Quando diagnosticado precocemente, a chance de sucesso no tratamento dos casos favoráveis pode atingir os 90%”, afirma o líder do Centro de Referência em Tumores Urológicos do A.C. Camargo Cancer Center, Dr. Stênio de Cássio Zequi.

Apostas da ciência

Para os homens que acabaram de receber o diagnóstico, o primeiro conselho dos especialistas é manter a calma. “Não adianta comparar o seu caso com o vizinho, o artista ou com o atleta do noticiário. Se dez pacientes entrarem no consultório em um dia, provavelmente vou indicar dez tratamentos diferentes”, destaca o especialista.

É importante que médico e paciente discutam as particularidades de cada caso, além de levar em conta os desejos e anseios futuros desse homem. “Pacientes com menos de 55 anos, ou mesmo mais velhos que ainda não tiveram filhos, muitas vezes se preocupam se poderão ser pais ou não. Para esses casos, é preciso pensar em uma reserva de sêmen, por exemplo”, explica Dr. Stênio.

Ainda vale lembrar que o diagnóstico ainda determina a gravidade de cada tumor. Nos casos de baixa gravidade, o paciente pode conviver com o tumor realizando acompanhamento médico periódico. “Ainda existem os casos intermediários, que muitas vezes são resolvidos com cirurgia, ou radioterapia; até mesmo os mais avançados, onde são necessários recursos extras que a ciência disponibiliza, como quimioterapia, imunoretapias entres outras”, aponta.

Uma das novidades no tratamento é a teranóstica, uma técnica que une as palavras terapia e diagnóstica. Utilizada há anos para o diagnóstico do câncer, a medicina nuclear envolve o uso de substâncias radioativas, os chamados radiofármacos, que se dirigem exclusivamente às lesões (“alvos”), onde emissões gama fornecem ao oncologista informações sobre localização, forma e fisiologia do tumor. Com a teranóstica, esses mesmos radiofármacos, através de outras formas de irradiação nas áreas acometidas-alvo, simultaneamente, se tornam ferramenta para diagnóstico e também tratamento.

Novos radiofármacos — como o lutécio e o actínio — levaram a resultados surpreendentes no tratamento de pacientes com câncer de próstata bastante avançado que já haviam passado, sem sucesso, por todo tipo de terapia convencional. “Agora os dados começam a amadurecer e estamos vendo que as respostas são boas e a toxicidade é baixa”. Segundo ele, a técnica não apenas se limita a visualizar onde está a doença, mas também permite que um marcador carregue um medicamento que ataca o tumor.

Como ainda está em fase de estudo, a indicação ainda se limita aos pacientes em estágio avançado. “A tendência é, com os bons resultados, que essa indicação passe a ser testada em tumores em estágios intermediários em breve”, pontua.

Já para a maioria dos pacientes, diagnosticados em fases iniciais da doença, modernos tratamentos podem ser empregados. “As cirurgias minimamente invasivas, como a videolaparoscopia e, principalmente, a cirurgia robótica. Ainda temos modernas técnicas de radioterapia, com aparelhos de alta precisão e que necessitam de um número menor de seções”, destaca. Segundo o especialista, esses avanços permitem aos pacientes excelentes resultados oncológicos e buscam, ao mesmo tempo, reduzir os efeitos colaterais dos tratamentos e permitir um retorno precoce dos pacientes as suas atividades habituais.

“Em suma, cada caso deve ser avaliado de modo individualizado, mas sempre por uma equipe multidisciplinar, composta por urologistas, oncologistas, radioterapeutas, médicos de imagem, médicos nucleares e enfermagem especializada, que são a filosofia de trabalho e motivo de um cancer center’, finaliza.

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